Sabemos que períodos de isolamento são um desafio para a saúde física e mental. Rotinas que precisam se reorganizar, aumento do comportamento multitarefa, acesso a inúmeras informações sobre o COVID-19 a cada dia… Para lidar com o medo, frustração, tédio e outros sentimentos comuns nesse período, é preciso aprender a desenvolver maior tolerância ao estresse.
O que é tolerância ao estresse?
É a competência que ajuda a regular a ansiedade e responder a situações estressantes com calma, sem deixar que as preocupações impeçam a resolução de problemas. A tolerância ao estresse é um dos componentes da resiliência emocional, que é o que nos permite manter um equilíbrio diante de contextos adversos ou situações de risco. Para isso, é preciso lidar com sentimentos como raiva, ansiedade e medo, por exemplo, sem que isso abale a confiança.
Ou seja, a tolerância ao estresse é uma das competências para saber lidar com situações que nos tiram de nossa zona de conforto e que exigem calma e discernimento, o que envolve autoconhecimento e saber se apoiar na própria força interior, estando atento ao modo com que se reage às frustrações, sejam elas pequenas ou grandes.
Por que a tolerância ao estresse é importante?
Quando temos maior tolerância a situações de estresse, podemos encontrar o caminho para manter a calma em situações difíceis, manter o equilíbrio e não perder o controle de nossas emoções. Conseguimos reconhecer a frustração e saber o significado dela para nossas atitudes, mas com uma perspectiva mais propositiva, mesmo quando as coisas não acontecem do jeito que esperávamos. Assim, pode ser reduzida a probabilidade de depressão e ampliadas as situações de bem-estar.
O que fazer?
- Mantenha a atenção a seus sentimentos e demandas internas. Sempre que perceber que está em estado mais agitado, de nervosismo ou com pensamentos negativos, procure conversar com alguém de confiança.
- Para manter a saúde mental e física, que tal aprender novos exercícios físicos simples para fazer em casa todos os dias? O exercício constante, o sono regular e uma dieta balanceada ajudam.
- Ter um diário pode ajudar a extravasar pensamentos e sentimentos. Escrever é um modo de elaborar nossas emoções e ajuda no autoconhecimento.
- Para pais e mães com filhos em casa, apoiem as crianças a expressarem, de forma positiva, seus medos e ansiedades. Cada criança tem sua própria maneira de fazê-lo. Atividades criativas, jogos e desenhos podem ajudar. As crianças se sentem melhor e mais aliviadas quando podem comunicar os sentimentos num ambiente de apoio.
- Para professores que estão lidando com o desafio das aulas a distância, que tal instituir momentos para a discussão de boas notícias? Ler e discutir histórias positivas de pessoas que se recuperaram da doença, de pessoas que estão criando modos inovadores de compartilhar seus saberes ou de pessoas que estão envolvidas em redes de apoio que, além de serem inspiradoras, promovem um ambiente favorável para lidar com o estresse diário e com as emoções típicas de períodos de isolamento.
- Para crianças, adolescentes e jovens que estão em isolamento, além de manter o diálogo em família, que tal organizar um momento para movimentar o corpo por meio de práticas de dança ou de atividades físicas possíveis de serem feitas em família? Mexer o corpo ajuda a diminuir o estresse, além de ser muito divertido!